Item ENEM: o conceito de distrator
Jorge Cascardo mar 27, 2015

Item ENEM: o conceito de distrator

Para elaborarmos um item que tenha uma qualidade para que possa ser considerado do mesmo estilo daqueles da prova do ENEM, é necessária a utilização do guia de elaboração de itens elaborado pelo Inep. Os itens devem apresentar uma estrutura adequada ao objetivo desse exame.

Neste texto, vamos falar um pouco sobre os distratores.

Antes de falarmos do conceito de um distrator, vamos primeiro situá-lo dentro da elaboração do item (popularmente conhecido como questão).

Um item é composto pelos seguintes elementos:

Texto-base: é usado para estimular o estudante a mobilizar recursos cognitivos para solucionar a situação-problema proposta. O estímulo pode conter um texto, uma imagem ou outros recursos.

Enunciado: pode ser dado sob a forma de complementação ou de interrogação. Ele tem que ser preciso e precisa estar totalmente ligado à habilidade que se pretende avaliar.

Alternativas de resposta: são apresentadas na forma de cinco opções, sendo somente uma correta, que é o gabarito. As alternativas que não contemplam a resposta são chamadas de distratores.

Item ENEM: o conceito de distrator

Os distratores indicam as alternativas incorretas à resolução da situação-problema proposta. Além disso, essas respostas devem ser plausíveis, isto é, devem parecer corretas para aqueles participantes do teste que não desenvolveram a habilidade em questão (Haladyna, 2004). Eles devem ser plausíveis em relação ao enunciado e à habilidade que está sendo avaliada.


Leia também: Competências e Habilidades – o que são e como aplicá-las no ensino?


Para sua elaboração devemos utilizar erros comuns observados em situações de ensino-aprendizagem. Isso torna os distratores mais plausíveis.

Um cuidado que deve ser tomado é não tornar o distrator uma opção que leve ao que chamamos de “pegadinha”, ou seja, induzir o aluno ao erro.

Note que, assim como o texto-base e o enunciado necessitam de um esmero em sua elaboração, os distratores também devem ser muito bem elaborados. Não é recomendável incluir erros comuns ou alternativas absurdas, para não induzir a escolha da opção correta.

Para se avaliar a qualidade dos distratores, uma boa prática consiste em elaborar justificativas para cada um deles. Na justificativa, é explicado o raciocínio que o aluno segue na falta de um conhecimento ou habilidade, confirmando  a necessidade de retomada do assunto. As justificativas são grandes aliadas das intervenções pedagógicas, porque esclarecem quais lacunas de aprendizado estão ligadas a cada alternativa. Assim, uma análise da taxa de marcação de cada alternativa norteia o professor a respeito dos pontos que devem ser reforçados durante as aulas.

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