Como o professor deve determinar o equilíbrio entre o estudo e lazer?
Daniela Panteliades maio 26, 2015

Como o professor deve determinar o equilíbrio entre o estudo e lazer?

Todo professor já se deparou pelo menos uma vez, ao longo da sua trajetória acadêmica ou profissional, com alguma situação que comprove — na prática — que o lazer e a descontração podem ser verdadeiros aliados do processo ensino-aprendizagem. Mesmo que esteja claro que estudar requer atenção, concentração e, em muitos casos, silêncio, inúmeras pesquisas já foram realizadas para mostrar que, depois de um período de relaxamento e divertimento, os alunos ficam mais propensos a aprender, captam e aprofundam conteúdos com mais facilidade e se mostram mais aptos a resolver questões de naturezas diversas.

O estado de relaxamento decorrente de atividades lúdicas, de brincadeiras e de jogos contribui muito para o sucesso de todo estudante. Mas como determinar o equilíbrio entre o estudo e o lazer?

A verdade, como sempre, é que não existe uma fórmula mágica, mas é possível adaptar métodos, doutrinas pedagógicas e estudos científicos para estimular os educandos a experimentar esse “meio termo”. Talvez essa nova atitude do educador se transforme na quebra de um dos maiores paradigmas da educação contemporânea: o excessivo apego à rigidez e à seriedade de metodologias que não levam em conta o indivíduo, o ser humano como agente desencadeador de todo esse esforço educacional.

Veja o que você pode fazer para contribuir com essa mudança:

Como motivar a concentração dos alunos durante as aulas

Se você pensa que as novas tecnologias, as redes sociais e a agilidade assustadora que esses recursos geram na comunicação são as causas da falta de atenção e do desinteresse dos estudantes pelas aulas, está enganado. Sim, os tempos mudaram, e é justamente pela falta de adequação a essa mudança — por parte de professores, de escolas e de cada diretor — que o desinteresse acontece.

Alunos querem respostas cada vez mais dinâmicas, querem ver em tempo real os exemplos, querem discutir e dialogar. Eles querem mostrar que também são produtores de conteúdo e que possuem habilidades para levantar informação sobre praticamente qualquer assunto. Se você ainda não se deu conta disso, esse pode ser o momento de parar e observar.

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A concentração em sala de aula não é estimulada por uma lista de proibições — não pode celular, não pode internet, não pode isso ou aquilo. Ela é estimulada quando se dá autonomia ao aluno e quando é mostrado para ele que as suas escolhas resultam em consequências e que apenas ele pode dizer quais serão elas.

Parece um discurso conservador, mas ao contrário, ele é bastante libertário. Alunos livres respeitam, chegam na hora, pedem perdão pelo atraso. Alunos aprisionados passam o tempo todo maquinando maneiras de fugir da opressão.

Como única dica para esse quesito, sugerimos que trate seus alunos como seres capazes de distinguir o certo do errado, o oportuno do inoportuno, mostrando de forma clara e objetiva quais são os limites a que todos nós estamos sujeitos. Um comportamento adequado e alunos atentos são conquistas, não imposições.

Como criar aulas interessantes

Com alunos mais atentos, é possível preparar aulas mais interativas e atrativas, em que o uso da tecnologia pode ajudar muito. Os norteadores responsáveis por deixar a lição mais interessante estão ligados a três elementos: dinamismo, imagens e troca.

Se o educador exemplifica com imagens reais um tópico que está sendo ensinado e logo depois abre para perguntas ou debates, está unindo esses três pilares. Não precisa ser nessa ordem, e nem sempre todos os três fatores podem aparecer juntos. Contudo, estar atento à presença de pelo menos um deles em seu plano de aula é fundamental.

Algumas sugestões práticas incluem:

* Solicitar data show para mostrar apresentações dinâmicas em tempo real;

* Pesquisar e aprender sobre aplicativos (como o RealtimeBoard, da Google) que podem mudar drasticamente — para melhor — sua relação com o quadro negro;

* Usar imagens para ilustrar suas falas ou pedir que seus alunos pesquisem em seus próprios computadores ou celulares (ou nos computadores da escola);

* Promover debates e trabalhos em grupo.

Nosso artigo sobre a gamificação na educação pode te ajudar.

Como aliar lazer e estudos

Para que o interesse nas aulas se mantenha firme, não basta seguir apenas as sugestões anteriores. O professor precisa ainda orientar os alunos a relaxar diariamente em suas horas fora da escola.

Estimular atividades como exercícios físicos regulares, passeios ao ar livre e até os adorados jogos de videogame como aliados dos estudos. Isso vai ser uma novidade acatada por todos e que seguramente vai contribuir para melhorar os resultados acadêmicos e o desempenho individual dos envolvidos.

Uma ideia interessante pode ser elaborar um cronograma (em uma planilha em Excel, por exemplo) e pedir que os alunos marquem as áreas correspondentes ao tempo que eles têm livre. Depois, peça para que cada um eleja pelo menos uma hora diária para o lazer e que descreva qual atividade será praticada em cada dia.

Determinar o equilíbrio entre o estudo e o lazer, é uma questão estratégica importante para a saúde não apenas dos alunos, como também da escola como um todo. Experimente essas práticas em sala de aula e aproveite para descobrir formas de otimizar o seu tempo fora da escola, afinal, você também precisa da sua hora diária de lazer.

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