TRI – AppProva https://appprova.com.br Plataforma de testes e diagnósticos para alunos, escolas e instituições de ensino superior Mon, 24 Apr 2017 20:52:52 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.5.3 Como preparar os alunos para as questões do ENEM? https://appprova.com.br/2016/10/06/como-preparar-os-alunos-para-as-questoes-do-enem/ https://appprova.com.br/2016/10/06/como-preparar-os-alunos-para-as-questoes-do-enem/#respond Thu, 06 Oct 2016 21:41:30 +0000 https://appprova.com.br/?p=3605 Entenda mais sobre as questões do ENEM Faltando poucos dias para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), escolas, professores e alunos intensificam a preparação para as provas para que […]

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Entenda mais sobre as questões do ENEM

Faltando poucos dias para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), escolas, professores e alunos intensificam a preparação para as provas para que o resultado final atenda às expectativas de todos, que passaram o ano se preparando para o exame. Mais de 9 milhões de pessoas se inscreveram para responder, nos dias 5 e 6 de novembro, às 180 questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias; e Ciências da Natureza e suas Tecnologias, além da Redação.

Criado em 1998, o Enem já teve diversas caras e formatos e, ao longo desses quase 20 anos, se consolidou como um formato de prova bem particular. No texto de hoje vamos mostrar como preparar bem seus alunos, pensando nos métodos de como a prova e as próprias questões são feitas. Acompanhe!

A importância dos simulados para uma boa preparação

Para fazer uma boa prova do Enem, é essencial conhecer a fundo como ela é feita e o que exige dos alunos. Os testes costumam ser desgastantes em relação ao grande volume de leitura e ao tempo. O candidato que não se prepara adequadamente pode perder pontos valiosos que farão diferença na chance de garantir a vaga em uma instituição de ensino superior.

Para isso, o melhor método de preparação é realizar simulados. Isso permite que os alunos sejam testados em condições bem parecidas com o que encontrarão no dia do exame. Os simulados são importantes para que o estudante tenha contato com o estilo das questões do Enem, que têm um viés bastante interpretativo e costumam ter um enunciado grande e que exige concentração e interpretação de texto.

Hoje em dia, alternativas interessantes têm surgido, como os simulados online, que poupam tempo de aplicação e de correção e reduzem custos de impressão, permitindo que o aluno possa fazer mais testes e não necessariamente apenas na escola.

Veja mais no nosso ebook gratuito: “A importância da realização de simulados no formato ENEM”

Questões do ENEM: importância de simulados

Jogando a favor do tempo

“Não deu tempo”.

Essa é uma das frases prediletas usadas por alguns alunos que não conseguiram passar por todas as questões ou preencher todo o gabarito durante as 4 (ou 5) horas e 30 minutos de prova do Enem. O tempo é um fator determinante para o sucesso do exame e saber gerenciá-lo é fundamental.

Em tese, se dividirmos o tempo de prova de múltipla escolha pela quantidade de questões, cada aluno terá três minutos para responder a cada uma delas. No entanto, o tempo é ainda mais apertado, já que é preciso ler e compreender cada um dos enunciados, visualizar e interpretar gráficos e tabelas e, por fim, passar a limpo o gabarito. Uma dica é começar a prova pelo conteúdo que o candidato tem mais domínio e não insistir demais nas questões que gastam muito tempo — o ideal é deixá-las por último e seguir em frente.

Adaptando os alunos às questões do Enem

Ao longo do ano, o ideal é que o professor elabore simulados, atividades e intervenções pedagógicas que, gradualmente, vão adaptando as provas que o estudante está acostumado a fazer na escola ao que é exigido pelo Enem. Uma opção é, aos poucos, começar a incluir algumas questões de provas anteriores.

Com essas ideias na cabeça, é hora de preparar um cronograma de simulados para seus alunos e monitorar o rendimento de cada um. É importante que, além da nota — que serve para comparar se o desempenho melhorou ou piorou ao longo do tempo — eles recebam um feedback com relação aos seus erros. Onde estão as dificuldades de aprendizagem? Como superá-las? Essas são duas situações que, após cada simulado, professores e estudantes devem responder juntos.

Como são elaboradas as provas e questões do Enem?

O formato atual do Enem dividiu a prova em cinco partes, metade delas aplicada em um sábado e a outra em um domingo:

Ciências Humanas e suas Tecnologias;

Ciências da Natureza e suas Tecnologias;

Matemática e suas Tecnologias;

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;

Redação.

Cada uma dessas provas, exceto Redação, é composta por 45 questões de múltipla escolha, que apresentam 5 possibilidades de resposta para cada pergunta.

Ao estabelecer um modelo de conteúdo que deveria ser cobrado em cada prova, o Inep — órgão responsável pelo Enem — apostou que ele deveria ter algumas características próprias. A partir daí, as escolas passaram a mudar um pouco mais seus métodos de ensino e de avaliação para preparar melhor os alunos para o que o exame cobrava.

Interdisciplinaridade

Uma dessas características é a interdisciplinaridade. Ao escolher apenas quatro temas distintos para as provas, o MEC optou por juntar diversos conteúdos estudados separadamente nas escolas em um só. É o caso de Ciências Humanas e suas Tecnologias (que agrega conhecimentos de Geografia, História, Filosofia e Sociologia, por exemplo) ou Ciências da Natureza (Biologia, Física e Química). Isso faz com que uma questão tenha aspectos de várias áreas do conhecimento.

Atualidade

Outra característica forte é a atualidade. Não basta saber tudo que está escrito nos livros didáticos se o aluno não consegue interpretar fatos do cotidiano à luz do que aprendeu nos materiais impressos. Por isso, as questões com enunciados grandes geralmente exploram trechos de reportagens ou artigos publicados na imprensa que devem ser interpretados a partir dos conhecimentos obtidos pelo aluno.

O conceito do distrator

O item Enem é composto pelo texto-base, pelo enunciado e pelas alternativas de resposta. Estas são apresentadas em cinco opções, sendo uma o gabarito e quatro os distratores, que indicam as alternativas incorretas. Essas respostas devem ser plausíveis e mostrar aos professores e gestores os erros comuns cometidos pelos alunos durante a resolução da questão.

Questões do ENEM: características do item

O que é a Teoria de Resposta ao Item?

Esse um item fundamental e que nem todo mundo que vai fazer a prova do Enem tem conhecimento. Desde 2009, o TRI (Teoria de Resposta ao Item) é o método de avaliação usado pelo Inep. Em resumo, a metodologia valoriza a coerência dos alunos nas respostas e permite a comparação de desempenho dos alunos em exames diferentes. Leia sobre a TRI (Teoria de Resposta ao Item) mais aqui

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É possível tirar mais de 1000 no ENEM?

O ENEM 2015 foi divulgado nessa semana e a pergunta que dominou as redes sociais entre os alunos foi:  É possível tirar mais de 1000 em uma prova?

SIM, isso é possível! Pelo menos três alunos (identificados até agora), que acertaram as 45 questões de Matemática, ficaram com 1008,3 na disciplina. Nem eles sabiam que isso era possível.

E qual é a explicação para isso?

Um dos mitos ao citar a TRI (Teoria de Resposta ao Item) é afirmar que as notas máximas e mínimas são sempre 1000 e 0. Isso não é verdade, pois a nota do candidato não está necessariamente atrelada ao número de erros e acertos dele, e sim do parâmetro de dificuldade da questão e da coerência pedagógica do aluno. Essa nota é calculada levando-se em conta a distribuição das questões na escala de dificuldade, como esquematizado abaixo:

tri

Normalmente, como não há questões que pressupõem proficiência muito baixas ou muito altas para serem acertadas, a avaliação não consegue inferir a partir dos padrões de resposta nessas questões se um participante tem proficiência muito baixa (próxima de 0) ou muito grande (próxima de 1000). É como se fosse dado um certo “benefício da dúvida”: como não temos questões muito fáceis ou muito difíceis, não podemos afirmar, mesmo que um aluno erre ou acerte todas as questões, que ele tem nota 0 ou 1000, respectivamente. O que é mais comum, é ver notas mínimas mais altas que zero e notas máximas menores que 1000.

Entretanto, caso haja questões que tenham parâmetros de dificuldade muito altos ou muito baixos, as notas obtidas em um exame com essas questões podem ultrapassar 1000, como foi o caso da área de Matemática em 2015. E por mais estranho que pareça, é possível teoricamente que haja até mesmo notas negativas!

Isso se dá pelo fato de que a escolha da escala usa como referência uma prova específica que foi a do ENEM em 2009, o primeiro a adotar a TRI. A média dos alunos concluintes foi fixada como 500 e o desvio padrão (medida de dispersão) como 100. Dessa maneira, não há máximos e mínimos que podem ser previamente calculados, pois eles dependem do nível de dificuldade das questões que constituem a prova com relação à escala do exame de 2009.

Veja abaixo quais foram as notas mínimas e máximas das disciplinas dos exames de 2014 e 2015.

tri2

E aí? Está convencido de que a nota do ENEM pode ser maior do que 1000?

Escreva suas dúvidas aqui pra gente!!!!

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TRI: como a nota é calculada?

Nos dois últimos posts sobre o assunto, apresentamos o que é a TRI e no que ela difere com relação à Teoria Clássica de Testes (TCT) e também o que é a escala na qual ela se baseia. Mas como de fato a nota é calculada? Por que não obtenho a mesma nota se acerto a mesma quantidade de questões que outra pessoa?

Para compreendermos melhor a nota na TRI (Teoria de Resposta ao Item), precisamos antes entender como um item (questão) é caracterizado nesse tipo de modelo. Para utilizarmos um item na TRI precisamos analisá-lo a partir de suas respostas, que podem tanto ser prévias como em pré-testes, quanto na própria prova em questão. Nessa análise, construímos a chamada curva característica do item, como mostrado na imagem abaixo.

TRI_1

Fonte: Portal do Ministério da Educação*

Nessa curva, é medida a probabilidade de uma pessoa acertar o item em termos da sua proficiência (conhecimento). Bons itens apresentam uma curva similar à da imagem, que indica que quanto maior é a proficiência da pessoa, maior a chance de acerto da questão. É importante destacar três parâmetros da curva:

Parâmetro de dificuldade – b : mede a abscissa do ponto de inflexão da curva, que na prática determina o quão difícil é o item na escala especificada. Itens com parâmetro b maiores, necessitam de proficiência maiores para que a probabilidade de acerto seja maior e analogamente para valores menores;

Parâmetro de acerto casual (“chute”) – c : mede a probabilidade de acerto de uma pessoa com pouco conhecimento do tema. Ele mostra que mesmo que uma pessoa não tenha praticamente domínio algum do que está sendo avaliado, mesmo assim ela ainda tem uma chance de acertar por uma tentativa ao acaso;

Parâmetro de discriminação – a : mede o quão bom é o item para descriminar as habilidades dos examinados. Se o parâmetro a é grande, a inclinação da reta é elevada e a curva sobe rapidamente até um valor alto de probabilidade de acerto, ou seja, ela difere bem entre a probabilidade de acertar a questão para valores maiores ou menores de proficiência do que b (parâmetro de dificuldade).

Baixe aqui nosso guia definitivo gratuito da TRI para educadores e entenda a metodologia de correção do ENEM!

A partir dessa análise os itens podem então ser usados para estimar a proficiência de uma pessoa que fez a prova. Mas então, como a nota é efetivamente obtida? Para isso é usado certo algoritmo que analisa o padrão de respostas do examinado em cada item previamente adequado à escala. Nesse algoritmo é analisada a coerência pedagógica do padrão de respostas e não apenas a quantidade de acertos e erros. Vejamos um exemplo:

TRI_2

Fonte: Portal do Ministério da Educação*

Suponhamos uma prova de apenas 10 questões. O Participante A acerta a maioria dos itens fáceis e erra os difíceis. Já o Participante B apresenta um perfil contrário, erra os mais fáceis e acerta os mais difíceis. Percebemos que a nota do participante A é maior que a do B o que contraria a ideia inicial de muitas pessoas sobre a TRI. Isso acontece, pois o perfil de respostas de A é mais coerente: acertar as questões mais fáceis e errar as mais difíceis é mais lógico do que o oposto, ou seja, é como se a TRI “soubesse que houve chutes”. O algoritmo estima então uma habilidade a partir de todas as respostas em conjunto e não individualmente com pesos em cada item como é imaginado por muitos.

Vale ressaltar ainda que mesmo que a nota do participante B tenha sido mais baixa por possíveis chutes, nunca é conveniente deixar de responder uma questão na prova devido a dúvidas, pois um acerto sempre vale mais do que uma resposta em branco, que é considerada um erro.

Agora, sabendo como funciona a TRI, você já pode explicar para seus alunos como a nota do ENEM é calculada e prepará-los ainda mais para o exame. Quer conferir mais dicas? Veja nosso ebook gratuito:

10 dicas de preparação para o ENEM e vestibulares.

* Fonte das imagens:  https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/guia_participante/2013/guia_do_participante_notas.pdf

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TRI: o que é a escala de habilidades? https://appprova.com.br/2015/03/19/tri-o-que-e-escala-de-habilidades/ https://appprova.com.br/2015/03/19/tri-o-que-e-escala-de-habilidades/#respond Thu, 19 Mar 2015 23:51:09 +0000 https://appprova.com.br/?p=486 TRI: o que é a escala de habilidades? Como discutimos no último post, o objetivo de um teste é medir a habilidade de um aluno em um determinado tema. Vimos […]

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TRI: o que é a escala de habilidades?

Como discutimos no último post, o objetivo de um teste é medir a habilidade de um aluno em um determinado tema. Vimos também que o principal avanço da TRI (Teoria de Resposta ao Item) é que ela consegue medir essa habilidade em uma escala independente do teste, ou seja, podemos comparar a “nota” de pessoas que fizeram provas diferentes. Mas, o que é uma escala de habilidade?

Vamos voltar um pouco e entender melhor o que é essa escala de habilidade. As pessoas têm características, por exemplo: peso, altura, força física, conhecimento de história, habilidade em matemática, etc. Algumas dessas características são facilmente mensuráveis, como o peso e a altura. Basta pegar uma trena ou uma balança e fazer a medição. Outras são mais difíceis de serem mensuradas. Não é possível observar diretamente o conhecimento de história de uma pessoa, ou suas habilidades em matemática ou química. Não podemos simplesmente pegar uma régua e medi-los. Essas características são chamadas de traços latentes, ou seja, que não são observáveis. Como não podemos medir essas características diretamente, só podemos estimá-las, em outras palavras, tentar aproximar seu valor com base em outras medições. No caso da TRI, vamos utilizar as respostas de um indivíduo a diversos itens (questões) para tentar estimar sua habilidade.

Bom, entendemos o que é habilidade, mas o que é uma escala de habilidade? Quando medimos a altura de uma pessoa, costumamos usar centímetros ou metros. Nos EUA, eles utilizam pés como unidade de altura. Se eu disser que uma pessoa mede 1,78 m e que outra tem 5’11 pés, não sabemos dizer qual é mais alta, a menos que convertamos as duas medidas para a mesma unidade ou escala. Para que as notas dos alunos sejam comparáveis, mesmo se tiverem feito provas diferentes, é preciso que as notas estejam sempre na mesma escala. Como já vimos, o que a TRI faz é justamente isso, ela estima a habilidade dos alunos em uma mesma escala, mesmo que eles tenham sido submetidos a diferentes testes.

Baixe aqui nosso guia definitivo gratuito da TRI para educadores e entenda a metodologia de correção do ENEM

A escala pode assumir diferentes formas, mas do jeito que foi criada para o ENEM (veja neste ebook gratuito dicas de preparação para a prova), o INEP utilizou os seguintes critérios: a média das habilidades (em cada área do conhecimento) da população utilizada na construção da escala era 500, e a medida de dispersão dessa habilidade era 100. Ou seja, cada 100 pontos para cima ou para baixo dessa média representam um desvio padrão*.

Essa escala não possui valor máximo ou mínimo. Portanto, não é verdade que a nota mínima de um aluno pode ser 0 e a nota máxima 1000. Na teoria, é possível alguém ter uma habilidade 1200 ou -100, por exemplo. O que é levado em conta é a média e o quanto essa pessoa se distancia da média. Se a média é 500 e essa pessoa se distancia positivamente 600 pontos dessa média, sua habilidade será 1100. Na prática, isso raramente acontece devido ao número de pessoas e questões que são utilizadas na construção da escala. Elas tornam esses valores matematicamente improváveis, embora ainda sejam possíveis.

No próximo post vamos ver como a TRI estima a habilidade de um aluno com base no comportamento de resposta dele a diversos itens. Quer saber como a nota TRI é calculada? Leia neste post!

Até a próxima!

*Desvio padrão é uma medida de dispersão que mostra o quanto de variação à média existe num conjunto de dados. Para se ter uma idéia do que ele representa, esperamos que 68% dos alunos estejam a menos que 1 (um) desvio padrão da média, ou seja, que a nota deles fique entre 400 e 600. Para (2) duas vezes o desvio padrão, tirando notas entre 300 e 700, esperamos 95% dos alunos. E para (3) três vezes o desvio padrão, ou seja, com notas entre 200 e 800, esperamos 99,7% dos alunos. Por isso é muito difícil vermos pessoas com notas superiores a 800 ou inferiores a 200.

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TRI – Teoria de Resposta ao Item: o Guia Definitivo https://appprova.com.br/2015/03/16/tri-metodologia-enem/ https://appprova.com.br/2015/03/16/tri-metodologia-enem/#respond Mon, 16 Mar 2015 20:31:09 +0000 https://appprova.com.br/?p=472 *Este post foi atualizado em 24/08/2016 TRI – Teoria de Resposta ao Item: O Guia Definitivo A TRI como porta de entrada para o Ensino Superior Desde que passou a […]

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*Este post foi atualizado em 24/08/2016

TRI – Teoria de Resposta ao Item: O Guia Definitivo

A TRI como porta de entrada para o Ensino Superior

Desde que passou a ser usado como forma de entrada nas instituições de ensino superior do país, o ENEM tem tido cada vez mais participantes. No entanto, apesar do crescimento progressivo das inscrições — quebrado apenas em 2015, que teve número de candidatos menor que o ano anterior — e aceitação em cada vez mais universidades — em 2014, foram 205 mil vagas em instituições de todo o país —, ainda há dúvidas e mitos em torno do Exame Nacional do Ensino Médio, principalmente em relação ao cálculo que define a nota de cada estudante pela TRI.

TRI como cálculo da nota no Enem 

Diferentemente das avaliações tradicionais, no ENEM a nota dos candidatos não equivale à soma do número de questões corretas, o que significa que candidatos que acertaram a mesma quantidade de perguntas nem sempre terão exatamente a mesma nota. Mas isso não acontece porque as questões têm pontuação diferente: o sistema é mais complexo, e o número de pontos recebidos por cada acerto vai depender ainda de outros fatores. Não é por acaso que alunos e professores brincam que, na pontuação do ENEM, um mais um nem sempre é igual a dois.

Apesar disso, o sistema da TRI — ou Teoria de Resposta ao Item, como é chamado o método de avaliação usado no ENEM — não é assim tão ilógico quanto se pode imaginar. Pelo contrário, ele usa teorias de estatística para tentar avaliar não apenas o número de acertos, mas também a proficiência real do candidato em cada área e conhecimento.

Por que a TRI – ou Teoria de Resposta ao Item – surgiu?

Para entender o que, exatamente, é a TRI, precisamos primeiro compreender a razão pela qual ela surgiu. Antes da adoção da Teoria de Resposta ao Item, predominavam nos vestibulares e edições do ENEM anteriores a 2009 outro método de avaliação, a Teoria Clássica dos Testes (TCT), em que a nota é definida simplesmente pela soma do número de questões acertadas e as questões com diferentes níveis de dificuldade podem ter diferentes valores pré-estabelecidos, ou pesos.

Esse sistema tradicional porém, apresenta alguns problemas, principalmente quando aplicados a milhões de alunos. Primeiramente, eles não permitem que o desempenho de estudantes que fizeram provas diferentes seja comparado com igualdade, já que a dificuldade da prova poderá interferir diretamente na pontuação de cada um. Logo, se o ENEM utilizasse esse método, participantes de determinada edição poderiam ter nota muito inferior aos de outras, mesmo que suas habilidades fossem semelhantes, e sua nota representaria apenas o número de questões acertadas, mas não necessariamente sua proficiência na área de conhecimento.

Em segundo lugar, cabe reconhecer que não é fácil medir a competência de um aluno em determinada disciplina apenas a partir de um número objetivo, como a quantidade de questões acertadas. Estabelecer valores diferentes a questões com diferentes níveis de dificuldade é uma tentativa de resolver esse problema. No entanto, a TCT não considera a possibilidade de um estudante sem qualquer preparação para realizar a prova tirar uma nota boa ao “chutar” e acertar questões difíceis.

Embora esse problema não seja tão grave em sala de aula, quando elevado à escala do ENEM e à seleção em nível nacional por vagas nas universidades do país, ele se torna bastante relevante, afinal, ignorá-lo pode levar à entrada de milhares de estudantes despreparados nas instituições de ensino superior e, consequentemente, recusa de um número igual de outros alunos mais competentes. Além disso, é preciso lembrar que ter notas que se limitam à quantidade de questões (que, claro, deve ser um número passível de ser resolvido no tempo da prova) para avaliar milhões de candidatos às vagas nas instituições de ensino superior implica centenas ou até milhares de empates, impossibilitando a existência de um sistema de seleção tão abrangente quanto o Sisu.

As soluções oferecidas pela TRI: a balança de precisão

Diante disso, a TRI se apresenta como o melhor método para avaliar os estudantes de maneira justa e objetiva a fim de que possam concorrer com igualdade às vagas em universidades de todo o país. Isso acontece porque, como já havíamos mencionado, a TRI não considera apenas a dificuldade inerente de cada questão e o número de acertos do estudante, mas se apoia também na coerência individual dos alunos em suas provas (prevenindo a atribuição de notas injustas a quem “chutou”) e no nível de dificuldade atribuído a cada item por meio de fórmulas de estatística (garantindo que provas diferentes possam ser avaliadas na mesma escala). Assim, é possível medir o desempenho dos candidatos nas 180 questões objetivas em uma escala muito maior e mais detalhada, reduzindo o número de empates, permitindo contrastar estudantes que fizeram provas diferentes e se aproximando mais das habilidades reais do aluno. Em uma analogia simplista, mas significativa, podemos dizer que os sistemas tradicionais de avaliação funcionam como uma balança mecânica — que mede o peso aproximado das pessoas —, enquanto a TRI funciona como uma balança de precisão — medindo diferenças sutis entre a competência demonstrada por um aluno e outro.

Como a TRI e a nota do Enem são calculadas?

Sabemos que a nota do ENEM, em teoria, vai de 0 a 1000 (apesar de nenhum desses dois extremos ser atingido normalmente, como veremos mais adiante). O parâmetro de referência para saber a proficiência de um aluno escolhido pelo MEC foi a média das notas dos estudantes que concluíram o ensino médio em 2009 e que realizaram a prova naquele ano. Essa nota foi estipulada como 500 na escala e, da mesma forma, estabeleceu-se que cada 100 pontos seria a medida de um desvio padrão das notas obtidas por esses alunos, isto é, uma maneira de avaliar o quão distante a nota de um aluno está da média. As notas dos alunos, portanto, podem ser medidas em uma escala representada por esta imagem:

tri

Estatisticamente, o esperado é que a chamada “distribuição normal” das notas do ENEM em 2009 tenha se comportado da seguinte forma:

» 68,2% dos candidatos tiraram notas entre 400 e 600;

» 27,2 % tiraram notas entre 300 e 400 ou 600 e 700;

» 4,2% dos candidatos tiraram notas abaixo de 300 ou acima de 700;

» e meros 0,2% dos candidatos tiraram notas acima de 800 ou abaixo de 200.

Diante disso, o cálculo da nota de cada um por meio da TRI leva em conta dois pontos importantes:

1) A probabilidade de estudantes com diferentes níveis de proficiência acertarem cada questão;

2) e a “coerência pedagógica” de cada aluno ao longo da prova.

As características do Item Enem

A “curva característica do item” é, basicamente, uma representação de uma função que mede a probabilidade de alunos com diferentes habilidades acertarem determinada questão (ou item). Ela funciona com três parâmetros diferentes:

» O parâmetro de discriminação (representado pela letra “a”), que mede a eficácia da questão em diferenciar quem domina aquele conteúdo de quem não o domina;

» O parâmetro de dificuldade (letra “b”), cujo valor indica o nível de dificuldade da questão;

» e o parâmetro de acerto casual (letra “c”), que indica a probabilidade de que alguém que não tenha nenhum domínio do conteúdo cobrado acerte a questão “no chute”.

Idealmente, em uma questão bem elaborada, a probabilidade de acerto aumenta junto com o nível do aluno na escala de proficiência (aquela ilustrada pela régua amarela, como vimos anteriormente). Assim, ela pode ser representada da seguinte forma:

tri proficiencia

 

Evidentemente, as questões da prova não têm o mesmo nível de dificuldade, porém, o ENEM é elaborado de modo a contemplar questões dispersas em vários níveis de dificuldade na escala, tanto abaixo de 500 quanto acima. Pelo gráfico exemplificado acima, vemos que pessoas com proficiência abaixo do parâmetro b, que está entre 500 e 600 nesse caso, têm chances baixas de acertarem a questão.

Por outro lado, como a curva cresce rapidamente próxima do valor de b, pessoas com proficiência acima desse valor têm probabilidades mais elevadas de acerto nesse item. Essas probabilidades estão diretamente associadas à análise de coerência pedagógica do padrão de acertos de um examinado pela prova, como será descrito a seguir.

A coerência pedagógica

A análise do padrão de respostas de um participante se baseia no fato de que é esperado que alunos com determinado nível de proficiência acertem certas questões e outras não (como, por exemplo, um aluno de proficiência 700 tem alta probabilidade de acertar o item representado no gráfico, enquanto um de proficiência 300 tem chances bem mais baixas).

Esse sistema funciona, segundo o próprio Inep, mais ou menos como uma prova de salto em altura: se um atleta consegue saltar barras de até 1 metro de altura, espera-se que ele também consiga saltar obstáculos de 90, 80 e 70cm, por exemplo, mas não de 1,2m. No ENEM, portanto, espera-se que candidatos que acertaram questões difíceis, com parâmetro de dificuldade alto, também acertem questões com parâmetro de dificuldade mais baixo, principalmente caso o conhecimento necessário para responder às últimas seja pré-requisito das primeiras.

Como exemplo, podemos citar uma questão de Matemática que envolva potência e outra que envolva apenas multiplicação. Quando um aluno acerta a questão sobre potência, é esperado que ele também acerte aquela que só usa a multiplicação, e quando isso não acontece o aluno foge da coerência pedagógica esperada, recebendo, assim, uma nota inferior. Isso significa que — contrariamente às avaliações que usam o método TCT — alguém que acertou determinado número de questões fáceis, mas errou questões difíceis, terá nota superior a alguém que acertou o mesmo número de questões difíceis, mas errou questões fáceis. Clique e veja a ilustração para entender melhor:

tri escala

 

Na figura acima, vemos que apesar do participante A e o B terem acertado o mesmo número de questões em uma avaliação hipotética de dez questões, ambos tiveram notas diferentes. Como o participante A acertou mais questões fáceis e errou questões difíceis seu resultado é mais coerente, já que observa-se o que era esperado. Entretanto, para o participante B, ocorre o inverso: ele acerta com mais frequência questões mais difíceis e erra as fáceis. Como esse comportamento é incoerente, sua nota é inferior à do participante A.

Os mitos em torno da TRI

1) As notas mínima e máxima do Enem são sempre 0 e 1000? 

Não! Como não há questões que pressupõem proficiência muito baixas ou muito altas para serem acertadas, a avaliação não consegue inferir a partir dos padrões de resposta nessas questões se um participante tem proficiência muito baixa (próxima de 0) ou muito grande (próxima de 1000).

É como se fosse dado um certo “benefício da dúvida”: como não temos questões muito fáceis ou muito difíceis, não podemos afirmar, mesmo que um aluno erre ou acerte todas as questões, que ele tem nota 0 ou 1000, respectivamente. Isso significa que a nota máxima (para quem acertou 45 questões) e mínima (para quem errou todas) de uma prova pode ser diferente da de outra — em 2011, por exemplo, a nota máxima da prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias foi 867,2, enquanto a de Ciências Humanas e suas Tecnologias foi de 793,1.

2) É melhor deixar uma questão em branco ou “chutar”?

“Chutar” a questão, portanto, não significa que o candidato não receberá nenhum ponto por ela, apenas que ela poderá ser menos valorizada, dependendo de sua coerência pedagógica. Por outro lado, deixar uma questão em branco significa necessariamente errar a questão. Na TRI, um acerto é sempre melhor do que um erro, mesmo que esse acerto seja um acerto eventual proveniente de um palpite. Sendo assim, “chutar” é sempre uma opção melhor que deixar qualquer questão em branco.

3) O cálculo da nota pode ser verificado?

Claro! O Inep disponibiliza, após um certo tempo, os chamados Microdados referentes à prova de cada ano. Nesses Microdados, todas as informações referentes às respostas e às notas de cada participante (preservando o anonimato) são fornecidas para que qualquer pessoa possa verificar a consistência dos dados, apesar de serem necessários certos conhecimentos técnicos para tal.

4) A TRI deixa a prova do Enem mais difícil?

Não! A TRI é, simplesmente, uma metodologia de correção de prova diferente da Teoria Clássica de Testes, usada comumente. Isso não significa que a dificuldade da prova seja maior ou menor por isso, e sim que as notas são calculadas de forma diferente. Da mesma maneira, não existem estratégias específicas que permitem um aluno a se sair melhor na prova simplesmente porque ela é corrigida pela TRI. A maneira de se preparar é a mesma de antes: estudando e treinando.

Impacto da Redação na média total do ENEM

Duas perguntas são recorrentes quando o assunto é o impacto da redação na média total do ENEM:

1. Por que a redação pesa tanto na média total do Enem?

2. O que o fato de saber fazer uma redação prova sobre o conhecimento de um aluno?

Cibele Campos, Professora da equipe do AppProva e corretora oficial do ENEM, responde:

Para entrar em uma boa universidade e ter sucesso na vida acadêmica e no desempenho de sua profissão, é preciso muito mais do que o conhecimento específico das matérias mais cobradas no Enem e até mesmo da “mais importante” no curso escolhido. Um engenheiro precisa saber muita matemática, um biólogo, um médico vão precisar saber muita biologia – e muito mais que isso.

Durante a graduação em qualquer curso, será necessário redigir relatórios, artigos, monografia; após ela, o mundo do trabalho e a sociedade em geral exigirão de nós a habilidade de nos expressar pela escrita – razão pela qual vemos com frequência profissionais das mais diferentes áreas recorrendo a cursos de português para aprender a escrever ou para melhorar sua escrita.

A redação é o instrumento pelo qual é possível verificar o grau de maturidade do aluno, sua capacidade de defender ideias, apresentar argumentos válidos em texto dissertativo-argumentativo. Tais competências, muito importantes para qualquer pessoa em qualquer momento da vida, mas ainda mais para estudantes de nível universitário, dificilmente seriam avaliadas por meio de questões de múltipla escolha. Escrever bem não é o mesmo que resolver problemas, aplicando fórmulas ou solucionando equações. Isso porque, mais que um conhecimento propriamente dito, escrever é uma habilidade, uma prova de articulação com o mundo e de capacidade de expressão bem desenvolvida. Essa capacidade de expressar nossos sentimentos, pensamentos e percepções do mundo que nos cerca, pela escrita em particular, é que nos constitui como sujeitos e nos faz cidadãos; é o que nos diferencia em todas as instâncias da vida.

De modo que é muito simplista considerar que a redação é apenas mais uma matéria a ser avaliada no Enem. Todo o tempo, o mundo exige que nós uma expressão bem articulada, a produção de sentidos, o desenvolvimento de argumentos, a relação de dados e ideias de modo coerente. Isso pode ser resumido como saber escrever.  A redação no Enem fornece uma amostra daquilo que, em nossa vida pessoal e profissional, seremos “convidados” a realizar: solucionar  problemas. Disso decorre o peso da redação no Exame. Saber escrever prova quem somos, nosso grau de inserção no mundo e de que modo nos relacionamos com ele. Saber escrever prova que somos sujeitos da nossa história, capazes de interferir positivamente no mundo em que vivemos.

Desconhecimento dos alunos sobre a TRI

Você sabia que apenas 14% dos estudantes sabem como funciona a metodologia de correção do Enem?

Aproveite esse conteúdo para orientar seus alunos!

Gostos do texto? Veja também o Aulão Online que o Professor Doutor Mateus Sampaio, um dos fundadores do AppProva e especialista no assunto, fez tirando as principais dúvidas sobre a metodologia de correção do ENEM, a TRI:

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