Provas do ENEM: Como trabalhar os itens em sala de aula?

Luísa França set 26, 2016

Provas do Enem: Como trabalhar os itens em sala de aula?

Atualmente, o ENEM pode ser considerado a prova mais importante que os estudantes fazem em todo o Ensino Básico. O exame foi originalmente criado para avaliar a qualidade da educação no país, mas agora também é um instrumento para o ingresso no Ensino Superior.

Ele é utilizado para os programas Sisu e Prouni, além de garantir pontos extras nos vestibulares de várias universidades. Por todos esses motivos, as escolas agora buscam preparar seus alunos especificamente para ir bem nas provas do Enem. Neste texto, vamos abordar como você pode fazer essa preparação junto a seus alunos, em sala de aula. Confira!

Conhecer o formato do Enem

O formato do Enem mudou bastante ao longo dos últimos dez anos. Atualmente, ele é composto por quatro provas objetivas:

Ciências Humanas e suas Tecnologias, que engloba as disciplinas de História, Geografia, Filosofia e Sociologia;

Ciências da Natureza e suas Tecnologias, que engloba as disciplinas de Química, Física e Biologia;

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, que engloba as disciplinas de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), Artes, Educação Física, Tecnologia da Informação e Comunicação;

Matemática e suas Tecnologias, que engloba a disciplina de Matemática.

Cada prova é composta por 45 itens, totalizando 180 itens de múltipla escolha. Além destas quatro provas objetivas, os alunos também precisam escrever uma redação, cujo tema e gênero textual só são revelados na hora da prova.

Mais uma vez, é importante reforçar: assim como acontece com os principais vestibulares, o formato do Enem é continuamente revisado. Desta forma, a prova pode acompanhar a evolução do sistema educacional e fazer uma avaliação mais eficaz a respeito da qualidade do ensino no Brasil. Portanto, é importante que os gestores escolares e professores estejam atentos às novidades, ano a ano.

Preparar os alunos

Para que seus alunos apresentem um bom desempenho no Enem, eles precisam basicamente de três coisas:

Conhecimento teórico sobre os conteúdos de cada disciplina abordada;

Capacidade de raciocínio crítico e lógico, para relacionar os conhecimentos;

Habilidade para criar uma estratégia eficaz, que lhe permita alcançar o máximo de produtividade na resolução da prova.

O conhecimento teórico é, provavelmente, o elemento menos problemático. Como o Enem é uma prova desenvolvida especificamente para avaliar o ensino, ele segue os conteúdos programáticos que fazem parte da Matriz de Referência do ENEM. Portanto, é muito diferente, por exemplo, de preparar os alunos para certas provas de Olimpíadas — que podem cobrar conceitos que vão muito além do que é visto em sala de aula. Além disso, existem formas de identificar os conteúdos mais cobrados na prova, partindo de uma análise das edições anteriores.

Por outro lado, a capacidade de raciocínio crítico e lógico exige um esforço diferenciado da parte do educador. O Enem é tradicionalmente uma prova que exige muita capacidade de leitura e interpretação das questões, além de trabalhar com a interdisciplinaridade (relacionando conteúdos de matérias diferentes) e com o senso crítico dos alunos.

Finalmente, existe ainda o problema do tempo e do tamanho das provas do Enem. Afinal, não são apenas os adultos que precisam praticar uma boa gestão do tempo.

São dois dias de provas. No primeiro, o aluno precisa resolver 90 questões em 4h30. No segundo, além de mais 90 questões, ele deve de escrever também a redação, em 5h30. Fazendo as contas, temos um tempo médio de 3 minutos por questão objetiva e 1 hora para a redação.

Se o aluno não tiver conhecimento sobre o estilo de resolução de prova que lhe traz melhor resultado — lembrando que cada estudante pode ter particularidades diferentes para lidar com o tempo e a pressão de maneira produtiva — ele não conseguirá completar o Enem satisfatoriamente.

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Provas do ENEM: 10 dicas de preparação do alunos

Definir um estilo próprio de resolução das provas do Enem

É trabalho do educador ajudar seus alunos a encontrar esse “estilo”. Por exemplo: enquanto alguns alunos preferem ler a prova primeiro, outros preferem começar a resolver item por item assim que o tempo começa a correr.

Os dois estilos têm vantagens. Muitas vezes, a leitura de uma pergunta pode fazer com que o aluno se lembre de conceitos importantes para a resolução de outra. Porém, começar a responder imediatamente é uma forma mais prática de aproveitar o tempo disponível.

Certos alunos preferem escrever a redação primeiro e responder às questões depois. Outros, seguem a ordem inversa. Novamente, não há uma opção melhor do que a outra. Quem resolve a redação primeiro, se não tiver controle para terminá-la em uma hora ou menos, vai consumir o tempo que deveria ser dedicado às questões objetivas. Por outro lado, quem parte para as questões primeiro pode chegar ao final da prova muito cansado para desenvolver uma redação de qualidade, com boa argumentação.

Treinar e experimentar

A melhor maneira de ajudar seus alunos a encontrarem seu próprio estilo de resolução de prova é, efetivamente, permitir que eles treinem e experimentem. Você pode promover simulados, selecionando questões reais de provas anteriores do Enem e empregando as mesmas regras de tempo e comportamento em sala. Quanto mais realista for a situação, melhor, pois o fator da pressão também vai influenciar o desempenho dos estudantes, e eles precisam aprender a lidar com isso.

Além de realizar os simulados, também é importante apresentar dicas para os alunos, focando em como eles podem aproveitar melhor o tempo disponível para a prova. Lembre-se de que os alunos podem ou não absorver estas dicas, já que, como reforçado anteriormente, cada um terá um estilo próprio que lhe traz os melhores resultados. Portanto, seu papel é simplesmente apresentar as possibilidades. Alguns exemplos de dicas úteis são:

Praticar a leitura dinâmica nos textos dos enunciados

Técnicas como skimming e scanning podem ajudar o aluno a economizar tempo, sem prejudicar sua compreensão do enunciado. Tenha em mente que o Enem utiliza textos muito longos para apresentar o assunto da questão, sem que, necessariamente, as informações ali contidas sejam relevantes para a resolução.

Empregar o bom senso na leitura das alternativas

Especialmente nas questões de Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Linguagens, é possível eliminar alternativas simplesmente por meio do bom senso. Alternativas que usam expressões absolutas, como “nunca” ou “sempre”, precisam ser avaliadas com mais desconfiança. O mesmo vale para qualquer afirmação que possa contradizer noções de ética e moral.

Considerar o tempo necessário para marcar a resolução no gabarito

Quando o aluno deixa essa etapa para o final da prova, ele corre um sério risco: perder pontos simplesmente porque não teve tempo de preencher todo o gabarito, ou porque, devido à pressa e ao nervoso dos últimos minutos, fez uma marcação incorreta. Portanto, aconselhe os alunos a usar o tempo destinado a cada questão (3 minutos) para fechar o ciclo completo: leitura, resolução e marcação do resultado.

Estas são algumas dicas para melhorar as chances de sucesso dos estudantes nas provas do Enem. Você tem outras recomendações? Compartilhe-as conosco, deixando um comentário neste post!

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