TRI – Por que a metodologia surgiu?
Desde que o ENEM (veja neste ebook gratuito 10 dicas para se preparar para a prova) adotou a Teoria de Resposta ao Item (TRI) para sua correção, esse tema se tornou bastante polêmico. Muitos criticam a metodologia devido à sua falta de transparência. Outros defendem com unhas e dentes os avanços que ela trouxe. Para entender o que é a TRI e quais avanços ela trouxe em relação à Teoria Clássica dos Testes (TCT), vamos primeiro entender o que é a TCT.
Vamos partir do princípio de que o objetivo de um teste é medir a habilidade dos alunos sobre um determinado tema. Para conseguir isso, a Teoria Clássica dos Testes, que é a metodologia normalmente utilizada nas escolas, atribui um determinado número de pontos para cada item (no estudo de testes, chamamos cada questão de item) e a habilidade do aluno é a soma dos pontos dos itens que ele acertou.
Repare que não necessariamente todas as questões valem a mesma quantidade de pontos, como é o caso de vários vestibulares. A TCT já permite que você atribua mais pontos para itens mais difíceis e menos pontos para itens mais fáceis. Essa dificuldade pode ser pré-definida, de acordo com a percepção de dificuldade do professor. Mas, apesar de não ser comum vermos isso nas escolas, ela também pode ser definida após a aplicação do teste, com base na taxa de acerto de cada item.
Portanto, a TRI não surgiu, como muitos pensam, para podermos atribuir pesos diferentes para as questões mais fáceis ou difíceis. Isso já era possível com a TCT, e esse peso poderia ser baseado no desempenho dos alunos em cada item.
Sendo assim, quais são as limitações da TCT? A principal delas é que se aplicarmos duas provas diferentes para o mesmo grupo de pessoas, não é possível esperarmos que os alunos tirem a mesma nota nas duas provas.
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Muitas vezes ouvimos os alunos dizerem: “Ah, todo mundo tirou nota baixa, pois a prova estava muito difícil”. Ou seja, a nota do aluno depende muito da dificuldade da prova. Quando uma prova tem muitas questões fáceis, as notas finais serão mais altas. Por outro lado, no caso de questões muito difíceis, as notas finais serão mais baixas. Assim, para interpretarmos a nota do aluno precisamos conhecer a prova que ele fez.
Portanto, as notas não são uma medida “global” da habilidade desse aluno sobre o tema testado. A cada teste que ele fizer, ele pode esperar uma nota diferente. O problema disso é que, para eu comparar a minha nota com a de outra pessoa, nós precisamos fazer o mesmo teste, sob as mesmas condições.
A TRI surgiu exatamente para resolver esse problema. Seu objetivo é criar uma escala comparável de notas, para que pessoas que fizerem testes diferentes possam comparar sua nota de maneira consistente. Dessa forma, após realizar um teste, podemos garantir que essa nota será sua “credencial” naqueles conteúdos, e que qualquer pessoa possa interpretá-la, sem precisar saber qual teste você fez.
No próximo post iremos explicar como a TRI funciona, falar mais sobre seus benefícios e também sobre suas limitações. Quer saber também como a nota TRI é calculada? Leia neste post!
Até a próxima!
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